sexta-feira, 11 de setembro de 2009

True Blood: Inquietude.


Com o incrível ritmo que esta 2ª temporada de True Blood adotou, eu achava que seria cada vez mais difícil para a série se superar nesta reta final, depois de tudo que já vimos. Mais eis que Alan Ball estava com uma inesperada carta na manga: a atriz Evan Rachel Wood, que não apenas chegou de supetão como a Rainha Shopie-Anne Leclerq (e que rainha!), mas também é sagaz, desbocada e uma persona interessantíssima. Além disso, ela trouxe uma luz sobre MaryAnn, a mênade. Segundo a sábia vampira que não mais curte sexo com homens desde o governo Eisenhower, a dionisíaca que está aterrorizando Bon Temps é mesmo uma adoradora do Diabo endoidecida e completamente cega por sua fé em promover rituais que a trarão mais perto de seu “Deus”. Podemos dizer que ela espera o retorno do todo poderoso da mesma forma que muita gente por aí… “Deus é uma criação humana, assim como o dinheiro e a moral”, contrapôs Sophie-Ann. OUCHIE!

A imortalidade, curiosamente, é o grande dilema deste bizarro ser que não consegue nem raciocinar direito de tão ávida pelo sangue derramado de outrem. Seu objetivo mor em vida é justamente o de buscar a morte que nunca vem, através de um sacrifício final – o de Sam Merlote – ao seu adorado. Segundo a mitologia grega, é esta incerteza que provoca nas mênades aquele contagiante estado de êxtase, violência, luxúria e flagelação que tomou conta de toda a cidade e inclusive do nosso querido Lafayette. Mas mesmo quando parece que todas as cartas estão na mesa e que tudo está pronto para o confronto final (que certamente envolverá Sookie e seu poder de “luz”), surge do nada um ninho com um ovo gigante dentro para nos deixar completamente perdidos. Eu já vi muitas séries com cliffhangers matadores (LOST, Dexter…), mas acho que nunca em um nível tão complexo e elevado quanto os de True Blood. O êxtase de MaryAnn me contagiou e eu estou louco para o episódio final!

Ah, e mesmo com toda essa seriedade e temas fortes, True Blood ainda consegue nos apresentar frases como “Será que Sam se transforma num cachorro e faz sexo com uma cachorra fêmea? (…) Não é bestial se não há nenhum humano envolvido”. (Jason Stackhouse) Impagável!

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